sexta-feira, 15 de outubro de 2010

1º Dia - Sensação de Inutilidade

Ora! Rendi-me à ideia do que pode ser a exposição de pensamentos num mundo virtual.

Sempre achei a internet um meio com um potencial deficientemente explorado. Agora vejo, passados tantos anos desta existência, que algo mudou nesse sentido.

A internet é agora um veículo de conhecimento. De todo o tipo de conhecimento, benigno ou superfluo, assimilável ou perfeitamente inútil.

Pergunto-me se esta facilidade de divulgação, do que interessa mas também do que não faz falta saber, não afectará porventura, ainda mais o cérebro humano, que por si só, já está afectado quanto baste. Enfim, arrisco a minha estupidificação com uma troca de palavras com um sistema de impulsos eléctricos e magnéticos.

É a evolução!

1 comentário:

  1. quando só havia jornais, estava-se condicionado À informação que realmente nos interessaria e a outra parte que nem por isso... quando só havia livros (bem antes dos jornais, logo deveria ter começado por aí) estariamos então limitados (numa primeira fase) à transcrição dos primórdios do pensamento artístico humano... isto é, à interpretação que o Homem fez da origem do mundo e da natureza inexplicável que o rodearia então, às ideias religiosas que desde então tentaram explicar tudo isso e mais um bocado e, mais tarde, à ideia de que o livro representaria úm símbolo da obra de um homem (e pulo já para o seculo XVIII e por aí em diante) pressupondo, hoje avaliamos, que um homem apenas, detém uma parcela do conhecimento dessa mesma realidade inexplicável, mesmo tendo em conta toda a objectividade possível de deter hoje, contribuindo para a explicação do Mundo através dessa mesma obra... a Internet será, de forma muito vaga, uma consequência da democratização da arte e, portanto, todos nós sentimos, hoje, que temos uma parcela desse mesmo conhecimento que, apesar de mascarado por todo o desenvolvimento tecnológico, continua a ser uma parcial icógnita...

    concluíndo:
    (para ser breve)
    tal como, ONTEM, muitos homens se julgaram detentores da verdade (ou certa parte da mesma) e decidiram subjugar a todos os outros a sua certeza (em forma de império, ditadura, pintura, livro, texto, poema...), HOJE, muitos setem uma obrigação extrema e quase impulsiva de dizer algo... de forma artistica ou política... NADA MAIS EXISTE... a política determina o que comes... a ARTE pode, ou não (e, infelizmente, devido ao grande elitismo dos pseudo intelctuais, tudo está mais longe do Homem comum) apresentar novas formas de alimento que nos permitem fugir da extremidão da POLITICA...

    a arte de escrever está, ou deveria estar de certo modo, associado ao livre pensamento... ser livre implica, apesar de todas as prisões a que estamos, quase obrigatoriamente, dependentes, pensar pela própria cabeça, logo, escrever implica:

    ter uma grande vontade de escapar ao que, por forma quase total, está colocado nas nossa mentes como obrigatório à nossa existÊncia... (como me disse uma prof. cujas aulas se tornaram água para beber "escrever é uma impulsão para a morte", a meu ver uma fuga à realidade que nos querem impingir)

    ter um amor incodicional à capacidade racional do Homem de por em pratos da balança todas as nossas acções e afirmações

    ter um enorme amor a qualquer outro ser humano que contribui para a nossa evolução e ao nosso caminho face à liberdade (atrás "quase" descrita) ...


    ......

    no meio de tanta porcaria que se "uploada" para a net... haja gente que queira ESCREVER, DIZER, GRTIAR; AMAR a verdadeira condição do Homem... PENSAR...

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