quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Foste educad@ num sistema Pavlov

E engoliste em seco tantas vezes...e és human@.
E calaste-te por tantas vezes por acreditares que és human@.
E impludiste-te a ti próprio. E ficaram os cacos. Os restos que se espera que fiquem quando se anula uma personalidade genuina. Os restos com que um Estado Demo|crático|níaco faz questão de pavimentar o seu mundo.
E de "tanta liberdade", ainda és livre a ponto de descobrires essa tua escravidão. És escravo da necessidade de seres human@ livre. Condicionalmente livre. Condicionadamente liberdade.
E paga...cala-te...e come...se conseguires.

Mas...ainda tens voz, tens capacidade de acção, consegues mover-te? Claro que consegues.

Grita então a democracia, não esta, a original cujo significado será adequado. Grita se realmente acreditas nela. Ela não acredita em ti, de qualquer forma.

O problema está nas denominações que damos às coisas. Nos conceitos. Na nossa forma de humanização.

Tu não és human@. Eu conheço-te! Mesmo com a distância e o tempo que nos separa, conheço-te.
E não és human@, tal como eu não sou...e mais alguns de nós. Tenho essa impressão.

Se o somos, então estamos perdidos.

As bombas, somos nós amig@. Tal como somos as pedras dos caminhos que se podem tornar pedras nos sapatos de alguém.

E temos sustentação? Deveriamos ter sim, uma sustentação horizontal. Uma massa sem níveis, num aglomerado coeso, consistente, maciço e imutável. Inabalável. Uma massa que se move, crescendo, assimilando mais matéria, alimentando-se, diluindo tudo ao seu redor. Diluindo tudo o que se pudesse opor, ou melhor, impor, sobrepor à harmonia do movimento dessa massa.

Vivemos num mundo de sobreviventes, não de viventes. Num mundo destes, ou se fode, ou se é fodid@. Ou se vive à parte...como nós...à margem.

Enfim amig@...desculpa a divagação. Gosto muito de te ler os pensamentos.

Forte abraço aqui da Terra do Nunca

segunda-feira, 21 de março de 2011

O Ó de hOje revela-se vaziO, OcO, sÓ mas tãO purO

VAZIO.............AR....................EU...............ÁGUA...........OIZAV
OCO...................................VIVO...............................OCO
SÓ...............FOGO................LIVRE.............TERRA..............ÓS
E...................................RESPIRO................................E
TÃO..............ARRET.............ATMOSFERA............OGOF.............OÃT
PURO.................................PURA..............................ORUP
ÉTER.............AUGÁ.............ELEMENTAR.............RA.............RETÉ

Em UM pensamentO que cruza
TangenciandO DOIS hemisfériOs sensitivOs
POr TRÊS mundOs me reflitO
COm QUATRO elementOs e mais um

Nas CINCO impressÕes digitais
Da minha mãO de SEIS dedOs
COntO Os meus SETE pecadOs Originais

E pOr mais OITO primaveras renascerei
MultiplicadO pelOs NOVE planetas que Orbitam

O meu sistema de base ZERO

quinta-feira, 10 de março de 2011

De volta ao básico

No deserto que é o meu ser, na aridez que me povoa, procuro nessa infertilidade, a água para beber, a sombra do grifo que voa, a semente que me fez crescer.

Mas é estéril o meu pensamento, tão vazio e tão oco, nas suas paredes ainda pende, oscilante o meu tormento, que de tanto sei tão pouco, de algo que não se aprende.

Se de mim não sei nada, por mim tudo quero saber. Ó deserto o que me sopras ao ouvido? Como posso eu aprender se o que me dizes não faz sentido?

Estou nú, crú. Quero começar de novo. Quero sair...já aqui!
E é agora, nesta precisa hora, que me vou libertar, que vou poder dizer: Finalmente! Renasci!

texto publicado em: AEQUUM a 8/3/2011

terça-feira, 8 de março de 2011

O circo veio à cidade!!



Era uma vez uma criança que tal como todas as crianças, vivia intensamente a magia infantil.

Era uma vez um pai de uma criança que tal como todos os pais, tentava ensinar e transmitir a melhor forma de existir e co-existir neste mundo.

Uma criança especial, filha de um pai especial. Essa especialidade não era nada de supremo ou transcendente. Apenas eram especiais porque estavam ligados um ao outro, na especialidade que deve existir entre pai e filho.

Um dia, o circo veio à cidade. Todas as crianças gostam do circo e por isso, esse pai, disse à criança: "Filho, durante este fim de semana está cá um circo e o pai gostava muito de te mostrar o circo. O pai gostava muito de te mostrar o que de verdade é um circo."

A criança ficou feliz e aceitou prontamente, iria ao circo com o seu pai.

No dia a seguir de manhã, o pai levou o filho ao circo.

Chegados ao local, o filho alerta o pai de que o circo não tinha ninguém, estava fechado. O pai respondeu que sabia, que não tinha intenção de visitar o circo como espectáculo mas que gostaria que o filho visse outro lado do circo, o que está por trás dos risos e das alegrias das pessoas.

Às 8 da manhã desse dia, só animais estavam acordados e o pai mostrou os bastidores do circo, ao longe. O espaço estava bem guardado por cães e o pai decidiu não arriscar pela integridade fisica do filho.

Entreteram-se a contar histórias e a ver os animais que se conseguiam avistar.

Passado uns tempos os tratadores começaram a sair dos seus atrelados e começaram a abrir as portas dos camiões para tratarem da bicharada. A criança ficou com um brilho nos olhos pois iria conseguir ver os animais fora da arena.

O pai disse-lhe que não era a mesma coisa ver ao longe e a troco de um simples cigarro, um tratador deu permissão aos dois para verem os animais de perto.

Foi aí, nessa oportunidade, que o pai com a maior frieza do mundo, mostrou ao filho, provavelmente a primeira desilusão da vida dele, os animais de circo.

O filho, não parecendo incomodado com a decepção, mostrou ao pai que compreendeu o que ele lhe queria mostrar. Entendeu na perfeição a realidade que o pai gostaria que ele visse. E ficou triste, e ficou magoado, e ficou revoltado, porque não era aquilo que queria ver. Queria ver animais bonitos, felizes e bem tratados.













Enquanto o filho fazia festas ao "pónei zarolho", olhava as cabras coxas, sorria para os tigres deprimidos, o pai respondeu que para isso, era o filho que teria que se deslocar até aos animais e não o contrário. Ao seu habitat, com amor e respeito.

O filho novamente entendeu tudo e ao irem embora, depois de um tempo de pensamento silencioso, responde ao pai: "Pai, afinal não gosto do circo, não gosto deste circo."

O pai, que sou eu, apesar de ter achado que provavelmente terá provocado uma grande desilusão, sente ainda que ensinou algo de grandioso ao filho. O respeito pelo planeta e por todos os seus habitantes que têm tanto direito à liberdade e à vida condigna como qualquer outro.

Fiz asneira? Talvez por ter optado por mostrar um ponto de vista desta forma e a uma criança tão nova. Mas sinto-me bastante bem por ter conseguido, nos primeiros anos de vida do meu filho, ter-lhe mostrado que nem tudo é como se vê, nem tudo é tão brilhante e tão bonito como nos é apresentado.

E o circo amigos, o circo nestas condições, não merece que lhe demos qualquer dia de aprovação. Nem para permitir aos nossos filhos que tenham a oportunidade de ver animais selvagens ao vivo.

Se gosta de animais, diga não a este entretenimento que se revela tão cruel e desumano. Contribua para um Mundo melhor, mais respeitador e mais consciente.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Fazendo um flashback, há uns anos dizia assim...

"Traduzo aquilo que vejo

Na realidade que tenho à mão

Não é ser artista que desejo

Mas na humildade do Alentejo

A capacidade de ser artesão"
PERDIDO NO TEMPO PASSADO E REENCONTRADO NO FUTURO QUE FOI O PRESENTE

Agora, bastantes anos após isto, repito-me ainda com mais convicção.

Quero Paz, quero cortar-me com a evolução tecnológica, quero trabalhar, com tempo, com amor e com criatividade.

Não quero acomodar-me na "corrida ao ouro", ir atrás só por ir ou mesmo tentar chegar primeiro.

Quero ir: ao meu ritmo, a usufruir do meu tempo, tranquilamente a gozar da arte de viver. Só assim, a minha vida, tem autenticidade e iluminação nos meus actos.

Isto não revela falta de ambição, meus amigos. Revela sim, muita ambição pessoal, muita vontade de chegar, o mais próximo que conseguir, à felicidade e à realização.

Sou eu, assim, e gosto de o ser.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Lost in identity

Trying to ignite myself...and I will do so, sooner or later.

And then, I'll be one, again.

I'll be fire and dust, I'll be light among darker rooms.

I'll be glowing, red-hot, like the metal being melted
and I'll be harder, like the metal after cooling
and I'll be softer, smother and tender with myself,
like the metal piece that I work with.

I will be art. Only a lonesome and an original piece of art.

And I fuck you very much for letting me be myself and also fuck you very much for letting me rest, in peace, forever.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Que dia é hoje?

Os nossos abismos.

Tanta gente debruçada sobre os seus abismos. Os seus buracos negros em que a anti-matéria lhes tolda a visão lateral, do que se passa ao seu redor.

E vivem assim, felizes, demonstram isso.

Cada vez se debruçam mais até entrarem por si mesmas dentro de si mesmas, pelo sitio errado. Uma posição, curva dessa forma, não é confortável, apesar de o parecer. E muito menos saudável.

Mas ainda assim continuam, pendulantes, tão focadas no grande abismo que é o seu umbigo.

O que antes foi suporte de vida, agora também o parece ser, mas já inútil, enrugado e constantemente cheio de cotão.

Hajam cotonetes...