Os nossos abismos.
Tanta gente debruçada sobre os seus abismos. Os seus buracos negros em que a anti-matéria lhes tolda a visão lateral, do que se passa ao seu redor.
E vivem assim, felizes, demonstram isso.
Cada vez se debruçam mais até entrarem por si mesmas dentro de si mesmas, pelo sitio errado. Uma posição, curva dessa forma, não é confortável, apesar de o parecer. E muito menos saudável.
Mas ainda assim continuam, pendulantes, tão focadas no grande abismo que é o seu umbigo.
O que antes foi suporte de vida, agora também o parece ser, mas já inútil, enrugado e constantemente cheio de cotão.
Hajam cotonetes...
Por cada palavra que nos sai, mil pensamentos a compõem. Desde a sua montagem e contextualização até à sua expressão. A palavra não vale mil pensamentos, a palavra tem um valor não atribuivel quantitivamente, tal como o direito a ela. A PALAVRA é então, uma decomposição do pensamento, apresentada em forma de posta; fatiado. Remontado depois, em estilos e figuras que irão determinar, o quão invisível este deixa de ser e quão vivo se torna. Que respira e transpira.
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